segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

The couple

Era começo de inverno em Shinden Asahina, o vento gélido cruzava a cidade deixando as ruas desertas,  o jardim sem flores, tudo aumentava uma inegável sensação de solidão. Mesmo os heimins que eventualmente transitavam pela casa pareciam mais silenciosos que o normal quando ela deixou o local.

Após alguma caminhada Yukimi ajoelhou diante da pedra de sepultamento devotando-lhe um longo cumprimento.  Três hastes de incenso são acesas. As mãos brancas, de unhas claras e levemente arredondas vão tirando da cesta diversos presentes. Chá, arroz, legumes, ovos e vários peixes são servidos em cerâmicas refinadas diante da pedra. Enquanto o vento espalha o aroma pelo local sagrado o verdadeiro sabor é das memórias, de incontáveis refeições silenciosas que dividiram exatamente assim, frente a frente.

Essas visitas costumam ser todas iguais, quase uma continuação dos anos de palavras breves, mas sempre houve ao menos uma presença envolta em toda esse silencio, enquanto agora havia apenas saudade. Dessa vez, por algum motivo, ela começou a falar. Tinha a voz baixa de sempre, os olhos também:

Eu me lembro do dia em que conheci Daidoji-sama, eu estava caminhando perto de Kyuden Seppun, eu era responsável pela delegação da Garça na corte que acontecia ali enquanto uma guerra tentava retomar Otosan Uchi. Minha família estava preocupada e eu tinha recebido uma carta. Provavelmente a carta mais feliz da minha vida. Minha mãe me dizia sobre os arranjos que foram feitos para o meu casamento, me contou detalhadamente sobre a família de Daidoji-sama, e finalmente sobre o próprio Daidoji Yori-sama, eram palavras comedidas mas cheias de esperança e muito verdadeiras, eu me apaixonei por elas. Eu li a carta tantas vezes aquela noite que no dia seguinte, enquanto caminhava, eu podia lembra-la quase que completamente.
Então um bushi apressado veio na minha direção, foi bem fácil reconhecer a armadura em cores da Garça, impecável. Ele me cumprimentou com o devido respeito, eu retribuí. Quando ele começou a falar eu achei a voz bonita, eu tive a sorte de ouvi-lo cantar algumas poucas vezes nos anos depois disso. depois do nome eu sabia que estava diante do noivo, Daidoji-sama. Talvez eu tenha sido deseducada mas não pude evitar de erguer os olhos, Daidoji-sama tinha um ar severo mas era exatamente como a carta dizia. Por formalidade me apresentei de volta, devo ter soado arrogante com todos os títulos que carregava na época, na verdade eles eram pesados, eu achei que teria alguma ajuda para lidar com todas as decisões e vidas ali. Daidoji-sama voltou a falar, sobre como a situação era tensa na corte e no fronte e não era tempo para casamentos, não foi difícil perceber que, ao contrário de mim, Daidoji-sama estava extremamente desapontado com a situação e com o que havia lido na carta que recebeu naquela manhã. Eu fiquei com vergonha, vergonha do quão feliz eu estava, do quanto eu havia entesourado aquela noticia. Eu me comportei como se eu não soubesse de nada e estivesse surpresa em saber do noivado. Eu lembro desse dia tão bem. Daidoji-sama me cumprimentou e foi embora tão celeremente quanto havia vindo, e eu não fiz nada, eu não o vi de novo até o dia do casamento. Eu só fiquei ali, com o mesmo sentimento estranho e solitário que tenho agora, tantos anos depois. Apesar da educada insatisfação que eu vi, eu não fiz nada...

Depois do casamento Daidoji-sama sempre foi gentil comigo, e todas as palavras eram verdade, Daidoji-sama foi um bushi corajoso, um samurai honrado, um bom marido e pai. Dividiu comigo alguns momentos felizes e suas melodias, eu sou muito grata por isso. Dividiu também perdas pesadas e momentos terríveis, e eu sou grata também, por Daidoji-sama ter estado lá. Eu sabia, desde o dia em Kyuden Seppun, que sempre haveria essa distância, por muitos anos ela me incomodou, e eu me esforcei e cada esforço meu provavelmente só fez Daidoji-sama ainda mais resoluto do espaço a ser preservado, desde os presentes até... todas as coisas...
Eu era feliz, mesmo com essa distância... Agora seus filhos estão crescidos, Aimi-san se tornou daimyo no meu lugar, ela é talentosa, sagaz e cortes, tem a admiração da família sem perder o controle real, ela é melhor nisso do que eu mesma fui. Takehiro-san se tornou um ótimo shugenja, de coração pacifico mas muito hábil em entender as necessidades dos mundos físico e espiritual. Koemi-san segue os seus passos na escola Daidoji, com aptidão inigualável tanto no arco quanto na espada, tenho certeza que tanto o pai quanto o avó a veriam com muito orgulho. Chiyo-san estuda nos templos do Sol da Manhã, tem a mente afiada e mesmo tão jovem atrai o interesse da família Isawa. São bons filhos, cujo os caminhos começam a se separar do meu. 

A mão, que repetidamente foi ao rosto enquanto ela falava finalmente desiste de tentar conter as lagrimas. Ela leva a testa junto do chão algumas vezes durante o plangor, deixando finalmente escapar o pensamento que a perturbava desde o primeiro dia:

Eu sinto muito se eu fiquei no caminho da felicidade do Daidoji-sama nesses anos, eu sinto muito. Se eu fiz isso por favor me perdoe. Por favor me perdoe e aceite me encontrar quando for o meu momento de voltar para os ancestrais.

O vento frio acompanha o pranto gelando as lagrimas e forçando as mãos dela a deixarem o chão e voltarem para o rosto limpando as lágrimas frias, mais uma vez tinha vergonha, os anos que dividiram foram encurtados pelos inimigos do Império sem que ela pudesse fazer nada, sem que ela soubesse quanto mais havia sido sacrificado. Yukimi respira fundo, subitamente retomando a compostura, espeta os hashis no arroz diante da pedra e revive o momento das várias refeições silenciosas que dividiram, de alguma forma aquilo era menos solitário.
Depois de pouco mais de uma hora o incenso termina, as oferendas são cuidadosamente recolhidas e após um ultimo cumprimento ela se levanta, finalmente ergue os olhos para a pedra, vendo entalhado ali "Asahina no Daidoji Yori" ao lado do seu próprio nome, em intensas letras vermelhas "Asahina Yukimi".

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Twisted Fates - Sessão 3

Parece providencial, ou de alguma forma encomendado. Doji Tsukihi, o atual Campeão Esmeralda prepara-se para deixar o cargo. Uma de suas ultimas medidas é uma viagem pelo Império, durante a qual ele concende alguns convites para participar do próximo torneio pela posição de Campeão. O Doji é acompanhando por seguidores fieis e por aqueles que esperam a chance de ganhar um convite. A meses o Campeão deixou a capital, visitou as terras da Garça, depois do Caranguejo e agora ruma para norte através das terras do Escropião, em direção ao Leão. Depois de uma passagem por Kyuden Bayushi é esperado que ele se dirija a Beiden Pass, mas uma parada inesperada acontece um pouco mais a oeste, onde Tsuruchi secretamente consegue uma audiência com o Campeão.
Shosuro Daiki e Shosuro Midori chegam a tempo de ouvir parte da história que o Tsuruchi conta ao Doji, sobre o grande sofrimento que lhe foi imposto tanto pelo Escorpião quanto pelo Leão, e sobre seu desejo de manter sua terra natal, enquanto a história é contada os reforços do Leão se aproximam com intuito de retomar Ashinagabashi, mas o Doji manda ordem para que o Leão pare e envie diplomatas, enquanto esses são aguardados o Campeão Esmeralda ouve os poucos samurais presentes.

Shosuro Midori fala da importância de restaurar o lar a um homem, e de como isso é superior as necessidades de um clã, impressionando o Campeão com uma compaixão que ele nunca esperou ver no Escorpião.

Shosuro Daiki enfatiza que Tsuruchi não consta nem nos ranks do Leão, nem do Escorpião, que o que ele chaam de familia não passa de um bando de bandidos indignos de terras. Os modos enérgicos do Escorpião parecem aborrecer o já idoso Campeão Esmeralda, que faz com que o Shosuro seja retirado e o assunto tenso é evitado pelo resto da noite.

Ali mesmo, aos pés do castelo recém queimado, inóspito a qualquer visitante Doji Tsukihi prepara seu acampamento e no dia seguinte pacientemente ouve a cada um que se dispõe a lhe oferecer conselho sobre essa situação. Cortesões do Leão vieram rapidamente, assim como do Escorpião, o Mantis Josuke espera uma chance se falar com o Campeão, assim como o próprio Tsuruchi pretende reiterar seu pedido de reconhecimento e posse de terras. Uma cortesã da Garça também tem algumas propostas, e grandes rivais dividem a sombra do castelo aguardando a deliberação de um Campeão que sabidamente é antagônico tanto ao Escorpião quando ao Leão.

Josuke busca anexar a 'familia' Tsuruchi aos ranks do Mantis, um clã obviamente poderia dar proteção a nova família. Tsuruchi é relutante sobre essa proposta, tendo ambições maiores e aspirando não só sua própria família como também um próprio clã menor.
Começam a corres os boatos de que o orfão estaria disposto a tudo para alcançar seus interesses, e a proposta de Josuke parece, ao menso parcialmente, soar bem aos ouvidos da cortesã da Garça.

Se aproveitando da indisposição momentânea Shosuro Daiki se posiciona tomando em mãos uma das características flexas tsuruchi, não muito depois Doji Keiko é alvo de uma flechada que quase seifou-lhe a vida, evidentemente vinda do Tsuruchi e seus asseclas. O ataque desnecessário, o derramamento de sangue inocente (e talvez o distante parentesco entre os Doji) enfurecem o Campeão Esmeralda que julga Tsuruchi indigno de liderar uma família, seu pedido é recusado e ele é condenado a viver seus dias entre os ranks dos heimins.

Ashinagabashi se torna território Imperial, a ser controlado pelos magistrados Esmeralda, deixando tanto o Leão quando o Escorpião derrotados em seu propósito de tomar o castelo, mas a família Tsuruchi jamais virá a existir.

Thanks for playing guys. Parece que alguns destinos já começam a ser torcidos. ^_-


domingo, 4 de outubro de 2015

Heimin, Hinin e Etas

A população de Rokugan:

Samurais não são maioria em Rokugan, eles tem um papel importante na sociedade e na Ordem Celestial mas estão longe de ser a casta mais numerosa. Quando os filhos de Amaterasu e Onnotangu caíram no Ningen-do os mortais já habitavam esse mundo. Enquanto alguns fugiram dos domínios dos kamis, fundando tribos como os yobanjin.
Os que ficaram e se submeteram à vontade dos kamis e de seus descendentes se tornaram heimins, hinins e etas, e são a maior parte da população do império.

"Heimin" é uma palavra original da língua japonesa, cujo o plural também é heimin. Eles são os trabalhadores, camponeses e comerciantes do Japão feudal, são homens livres. Essa é possivelmente a terminologia menos inalterada ao longo da história do Japão, as demais classes tiveram diversos nomes e divisões ao longo do tempo (KazokuShizoku, Kuge, etc) mas o conceito de heimin, e a palavra heimin, se mantiveram pouco alterados. A palavra também é frequentemente traduzida como "meio-pessoa".

Os heimin  são os plebeus de Rokugan, os homens e mulheres do povo, trabalhadores, camponeses, artesãos* e comerciantes. São a classe que tem a capacidade de produção e são também administradores dos meios de produção. Os plantadores de arroz são considerados os melhores dentre eles, apesar da vida difícil que levam., mas seu trabalho em prover alimento, tão essencial a vida,  costuma ser reconhecido. Se existe uma sub divisão na casta heimin o camponês ocupa o topo. Em seguida vem o artesão, que produz aquilo que é necessário, ferramentas e utensílios. E por ultimo o mercador, que não tem capacidade produtiva.

Os hinin são os "não-pessoa", eles se dedicam a trabalhos não produtivos, servem aos heimin, são bandidos, charlatões, artistas (como atores, ou músicos, mas não pintores ou escultores, artistas cuja a arte não gera um produto), acompanhantes, como geishas ou prostitutas, cabem nessa classe.

Um sub-grupo especialmente baixo dos hinin é composto de etas. Os etas vivem em uma situação próxima a de escravos, eles são os impuros, pessoas que exercem trabalhos relacionados ao manuseio de corpos ou sangue. Açougueiros, trabalhadores do curtume, agentes funerários, executores, limpadores de fossa.

Eu particularmente coloco os serviçais domésticos dos samurais como heimin, mas pela classificação sugerida nos livros eles seriam hinins. São as pessoas que limpam a casa do samurai, preparam a refeição, olham os filhos na ausência dos pais. São servos muito próximos a casta samurai e em geral devem ser educados para lidar adequadamente com essa proximidade. Se o servo de um samurai insulta uma visita isso mostra a inabilidade daquele samurai de educar e controlar seus servos.

Evidentemente que alguns clãs são mais próximos desses heimins que outros, e alguns são mais dependentes deles que outros.

A maioria dos heimins não sabe ler ou escrever, a menos que isso seja intrínseco da função que exercem. Mesmo as geishas nem sempre sabem ler, as poesias são recitadas para elas por um tutor e elas devem memoriza-las. Ainda que algumas geishas saibam de fato ler um hinin letrado é algo raro. E um eta letrado só pode ser um ninja (mas ninjas não existem).

O samurai é, supostamente, responsável por proteger e instruir as castas inferiores. Eles podem facilmente atuar como juízes e executores de quais quer causas que envolvam as castas inferiores. mas cabe lembrar que os heimins, os produtores, são homens livres. Se um samurais lhes causa terror é bem possível que esse samurai acorde para encontrar terras abandonadas pelos trabalhadores, que fogem para uma vida que lhes seja menos hostil. Os clãs se preocupam em manter uma administração que não afugente toda a força de trabalho disponível, embora também não convenha atrair mais que o necessário.
Etas e hinins circulando sem a presença de um heimin ou samurai podem encontrar dificuldades em cruzar fronteiras ou se estabelecer em outros territórios, embora eles não sejam proibidos de partir de suas terras de origem e bem difícil serem recebidos em outros locais. E como os heimin podem, supostamente, exercer alguma autoridade sobre eles hinins e etas são especialmente cautelosos, não vale a pena deixar um "patrão" ruim para ser obrigado a trabalhar para outro pior.

Com isso em mente não é de se surpreender que os heimin se adequem a viver em harmonia com o clã para qual trabalham mais diretamente. Os heimin do Escorpião são cautelosos nas informações que passam a estrangeiros e bastante observadores, na expectativa de serem uteis ao Escorpião. Os heimin da Garça são educados, servis, corteses, a exemplo dos samurais que seguem. Os heimin do Dragão são especialmente atentos a Ordem Celestial enquanto os do Leão tem as maiores chances de se inspirarem pela honra e assim por diante.






sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Twisted Fates - Sessão 2


Tsuruchi
Segundo jogo do L5R Twisted Fates rolou hoje, conturbadamente. Alguns players não vieram e por algum motivo o nosso stream caiu logo nos primeiros minutos de jogo. Eu demorei uma boa meia hora para notar e preferi não parar o jogo para cuidar de coisas técnicas.  Afinal, o clima do jogo é prioridade, começou ruim, eu sei, mas melhorou e o final da sessão foi especialmente interessante.

Rokugan, 1109.

Kyuden Ashinagabashi esta sob ataque e a discreta comitiva de Escorpião se move para verificar a situação e, quem sabe, tirar proveito dela. O castelo que já foi conhecido como Shiro no Uragiru guardou a fronteira noroeste do Escorpião até 1107, quando foi tomado pelo Leão. Nem todos estão satisfeitos com essas novas fronteiras e o momento de decidir o destino do castelo se aproxima.

Shosuro Hanzo e Shosuro Kouga lideram a 'visita' do Escorpião à Kyuden Ashinagabashi. Esperavam encontrar o Leão no castelo mas o que encontram é um castelo destruído pelas chamas, recem retomado pelo bando que se diz ser uma familia. Esse bando ocupa o castelo sob a liderança de Tsuruchi, a pequena Vespa, e não parece nada disposto a entregar o local, seja para o Leão ou para o Escorpião.

Movido pelos interesses do Louva-Deus, e pela crueldade do Escorpião, Josuke, um Mantis que estava trabalhando para o Escorpião, consegue uma breve audiência com Tsuruchi e entrega os planos do clã dos segredos. O clã menor do Louva-Deus vive um momento de fragilidade. Desde a extinção da família Gusai, em 510, o clã busca retomar seus planos de ascensão e o orgulho perdido, uma aliança com o renomado arqueiro poderia ajudar.

E fica um relato sobre um jogo do passado:

[00:13] <Shosuro Kouga> hsuahsa
[00:13] <Shosuro Kouga> olha
[00:13] <Shosuro Kouga> eu odiava o escorpião
[00:13] <Shosuro Kouga> odiava
[00:14] <Shosuro Kouga> ai apareceu na minha vida
[00:14] <Shosuro Kouga> uma shosuro
[00:14] <Shosuro Kouga> e eu morri tanto
[00:14] <Shosuro Kouga> mas tanto
[00:14] <Shosuro Kouga> por causa da shosuro
[00:14] <Shosuro Kouga> que entrei por scorpion e hj amo meu clã  <3

É carinha, eu lembro de você jogando de Dragão. :P 

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Hoje é #DiaDeSamurai

Hoje acontece o 1º de seis streams de L5R organizados pela RolePlayers, com apoio da New Order, para comemorar e divulgar o lançamento da Lenda dos 5 Anéis no Brasil!

Vai ter jogo, vai ter diversão, vai ter sorteio de brindes e muita gente bacana para trocar ideias e dicas. Vem com a gente!


terça-feira, 9 de junho de 2015

String a bow, strain a bow (encordar, retesar)


Se demora uma ação para puxar a corda do arco, eu só posso atacar de arco um turno sim um turno não?
Tipo; 1º turno: Armar o arco; 2º turno: Atirar; 3º turno: Armar o arco...assim por diante

Na verdade já vi esse tipo de confusão acontecer em diversos sistemas. Uma tradução literal de string ou strain não ajuda a clarificar também.

A pagina 85 do livro lista “string a bow for use” como uma ação complexa. Bonito e generoso, isso poderia demorar muito mais. A tradução para o português sábiamente usou a palavra “encordar” para traduzir “string”, esse é um termo adequado ao arqueirismo e é exatamente essa a ideia.


A maioria dos jogadores de RPG imagina seus personagens como o Legolas, os arcos sempre prontos, encordados, e se bobiar ate pendurados no corpo pela própria corda. Acontece que na verdade a maioria dos arcos não são guardados assim, ou não devem permanecer assim por muito tempo se não estiverem sendo usados. Isso deixa a estrutura sob pressão e compromete o arco.

Alguns arcos, como o recurvo, podem passar mais tempo que outros  encordados mas, no geral, os arcos “medievais” de jogos de RPG supostamente não deveriam ficar o tempo todo encordados.

Então, antes de usar o arco um personagem demora uma ação complexa para prepara-lo, colocar e fixar adequadamente a corda em ambas as extremidades. Ou seja, passa uma ação complexa stringing the bow.

Depois disso a cada disparo é necessário colocar uma flecha e strain the bow, ou seja, retesar o arco, tensiona-lo para então disparar. Isso faz parte do ataque.
Então, depois de encordar o arco, o arqueiro pode atirar todo turno normalmente.

E já que estamos no assunto, o Kyūdō japonês usa um tipo de "puxada" (draw), conhecida como torikake ou thumb draw, ela prevê o uso de luvas que protejam o dedão e mais três ou quatro dedos, dependendo do estilo.  A corda é totalmente envolvida pelo dedão e demais dedos no inicio da puxada. O arco de kyūdō é retesado de forma bastante longa e a mão do arqueiro pode ficar vários centímetros para trás da orelha.

Foto por Arita Kyudojo

terça-feira, 26 de maio de 2015

Bayushi Bushi School


Acho que essa foi a escola mais comprometida ao longo das edições, o escorpião sempre trabalhou com a finta, era um de seus 'truques' mais legais, nas edições recentes abriu-se a opção da finta para todos os personagens, algo que por sinal poderia fazer um personagem perder honra por se tratar de uma forma de 'enganação'.  Enquanto isso, os Scorpions, inventores da manobra, gastam um rank inteiro de técnica apenas para fazer a finta com um raise a menos que o resto do Império? Não, né!
O fato de todas as habilidades do Bushi bayushi poderem ser contestadas na fase de reação (ou seja, no final do turno) acabam deixando pouco espaço para este bushi tirar vantagem dos status que ele mesmo infringiu no oponente e depois de alguns jogos me pareceu que isso precisava ser ajeitado. Quem jogava na 3a edição vive reclamando que a 4a é 'nerfada', acho que ninguém além do bayushi bushi tem direito de reclamar de estar "under power" na 4a edção mas, vamos resolver isso da seguinte forma:


Bayushi Bushi School
Benefit: +1 Intelligence
Honor: 2.5

Equipamento: 20 flechas (qualquer tipo), arco, katana, wakizashi, uma arma qualquer, elmo, armadura leve, kimono, mochila de viagem, kit de viagem, 3 koku. 

Skills: Archery, Defense, Iaijutsu, Kenjutsu, Poison, Sincerity, Stealth

Rank 1: The Way of the Scorpion/O caminho do Escorpião
Scorpion bushi always seem to get the jump on opponents. You gain a bonus +1k1 to your Initiative Rolls. You also gain a bonus of +5 to your Armor TN against any opponent with lower Initiative.
O bushi do Escorpião parece sempre buscar a vantagem sobre seus oponentes. Ele ganha um bonus de +1k1 nas rolagens de iniciativa. Ele também ganha um bonus de +5 na sua Armor TN contra qualquer oponente com iniciativa menor que sua.


Rank 2: Pincers and Tail/Pinças e Ferrão
The infamous Scorpion feint has been the demise of many foolhardly samurai. You may make the Feint Maneuver for one Raise instead of two. The bushi has learned the infamous Scorpion feint. The bushi makes a Simple Agility+Kenjutsu roll against his opponent's Intelligence x5. If he is successful, the TN to hit his opponent the next turn is  reduced by 15 (to a minimum of 5), each raise called on that roll can reduce the ATN by 5 more.
O bushi do Escorpião aprende subterfúgios e dribles. Esse bushi pode fazer um rolagem de Agilidade/Kenjutsu contra a Inteligencia x5 do oponente. Se for bem sucedido a ATN para que o bushi do Escorpião atinja esse adversário é reduzida em 10 (até um minimo de 5) no próximo turno. Cada aumento (raise) pedido nessa rolagem pode reduzir a ATN do inimigo em mais 5 (mantendo-se o minimo de 5).

Rank 3: Strike at the Tail/Atacar a Cauda
Scorpion bushi strive to keep their enemies off guard, stopping their attacks and slowing them down. When you assume a Stance at the start of your Turn, you may choose a target within 30'. If you successfully hit him during your Turn, the target is Fatigued as if he had gone without rest for 24 hours. During the Reaction Stage, an affected opponent may attempt an Earth Ring roll against a TN of 25 to negate the effects of this Technique. If he fails, the effects of this Technique end during the next Reactions Stage (the second Reactions Stage after he was struck).
Scorpion bushi know that there's more than one way to defeat an opponent. Instead of making a normal attack, this bushi can make a Simple Agility+Kenjutsu roll against his opponent's weapon skill x5. If successful, he has disarmed his opponent. If he raises the TN twice, he can end up with the weapon in his own hands.
O bushi do Escorpião sabe que existe mais de uma maneira de parar um oponente. Ao invés de fazer um ataque normal este bushi pode fazer uma rolagem de Agilidade/Kenjutsu contra a pericia de arma x5 do oponente. Se for bem sucedido ele desarma o oponente. Se o Escorpião pedir dois aumentos (raises) ele pode terminar com a arma do inimigo nas próprias mãos.

Rank 4: Strike From Above, Strike From Below/Ataque por Cima, Ataque por Baixo
The swiftness of the Scorpion allows him to cut down foes before they realize they have been attacked. You may make melee attacks as a Simple Action instead of a Complex Action.
The bushi has gained enough skill in the art of distraction that he may make 2 attacks per turn.
A rapidez do bushi do Escorpião permite que ele corte os inimigos antes que eles percebam que foram atacados. Esse bushi pode fazer atraques corpo-a-corpo como uma ação simples ao invés de uma ação complexa.


Rank 5: The Pincers Hold, The Tail Strikes/As Pinças Prendem, O Ferrão Ataca
Striking an opponent's weakest point is the Scorpion's true path to victory. Once per encounter, you may spend a Void Point as a Complex Action to attack your opponent with a melee weapon. If the attack is successful, the target is Stunned. During the Reactions Stage, an affected opponent may attempt an Earth Ring roll against at TN equal to the amount of damage dealt to end the Stun effect. If he fails or does not attempt this roll, the Stun effect ends during the next Reactions Stage (the second Reaction Stage after he was struck).
Finally, the Scorpion learns how to use his distractive techniques to spend a precious moment before the strike to make it as deadly as possible. The bushi may declare raises that affects his attack after his strike roll.
He can not, however, change the maneuver used, for instance, if he rolled an attack he can’t ask for the faint effect.
Finalmente, o bushi do Escorpião aprende como usar suas técnicas de distração com maestria e esta apto a se aproveitar daquele precioso momento antes do ataque, tornando-o o mais letal possível. Esse bushi pode declarar aumentos (raises) que afetam seu ataque corpo-a-corpo depois da rolagem de ataque. Ele não pode, entretanto, mudar a manobra utilizada, por exemplo, se ele rolou um ataque ele não pode, depois da rolagem, declarar uma finta, desarme, agarrar ou outro.

PS: Se você joga ou pretende jogar na minha mesa você pode escolher entre essa versão da escola ou a versão oficial do quarta edição, eu não vou impor minhas mudanças. Só não pode misturar as duas versões.